Sexta-feira, 29 de Setembro de 2006

Dum pequinês espera-se sobretudo uma agradável companhia

 Aparência geral - um texto de "cadastro de árbitos"

APARÊNCIA GERAL
O pequinês é um cão acondroplásico e braquicéfalo. Ao olhar um pequinês
adulto lateralmente deve-se ter a impressão geral de um "caixote"; pescoço
curto, cauda com pêlo longo e cheio, muitas vezes chegando até a cabeça,
pernas bem curtas, num corpo curto e largo, e nenhum sinal da face, que deve
ser completamente chata. Ao se olhar de frente deve-se notar uma "juba"
profusa, com orelhas que emolduram a face, mais larga que alta. De trás
nota-se um posterior estreito em relação a frente. A aparência geral é
leonina, de um cão de grande dignidade e qualidade.
CORPO
("...Deixe seu corpo ter o formato de um leão caçador espreitando sua
presa...").
O corpo deve apresentar as seguintes características fundamentais:
FORMA:
O formato do corpo deve lembrar, visto de cima, o de uma pêra; assim sendo,
temos uma frente larga que afunila em direção ao posterior, mais estreito;
DORSO:
Curto, reto. É importante não deixar-se enganar pela pelagem, que, quando
abundante no peito e culotes, tende a transmitir uma impressão do cão ser
mais longo do que é.
FRENTE:
("...deixe suas patas da frente serem tortas, assim ele não desejará vagar
para longe ou deixar os precintos Imperiais...")

As pernas são curtas, levemente arqueadas, envolvendo o peito, entretanto os
cotovelos são rentes ao corpo e não abertos (falta comum e grave). Os pés
anteriores são virados ligeiramente para fora. É esperado que se deixe
"luvas" de pêlos se estendendo dos pés, que são chatos e grandes ("...deixe
seus pés com tufos longos de pêlos para que seus passos sejam
silenciosos..."). É importante notar que não é desejada qualquer projeção do
esterno em relação aos membros anteriores;
POSTERIOR:
Pernas retas e pés voltados para a frente, menores que os anteriores. A
angulação é moderada mas presente;
CAUDA
("...deixe-o portar um estandarte de pompa sobre seu dorso...)
Inserção alta, portada reta próxima ao dorso (mas não tão próxima a este
como a de um pomerânia), pode se curvar para um dos lados no final.
CABEÇA
("...deixe sua face ser negra; deixe sua cabeça ser reta e baixa, como a
testa de um guerreiro imperial...")
A cabeça é grande, com o crânio largo e chato na parte de cima. O formato
da face deve lembrar o de um "envelope", ou seja,  aparentar ser mais larga
que alta. Parte essencial do julgamento, vamos destacar cada segmento;
OLHOS:
("...deixe seus olhos serem grandes e luminosos...")
Redondos, grandes, o mais escuros possíveis e brilhantes. Não se desejam
olhos esbugalhados, muito proeminentes ("de sapo"), ou que mostrem o branco
quando o cão olhar para frente. Devem estar bem afastados um do outro.
ORELHAS:
("...deixe suas orelhas serem inseridas como os remos de um junco de
guerra...")
Em formato de coração, inserção em nível com o topo do crânio, o que
contribui para a aparência de envelope da face. As pontas não devem
ultrapassar a linha do maxilar inferior (não confundir com os pêlos, longos,
muitas vezes chegando ao chão no cão adulto);
BOCA:
Fruto de tantos mal entendidos, a boca tradicionalmente não é aberta no
julgamento do pequinês. No Padrão, propositadamente, não há sequer uma
descrição de dentes e da mordedura. Os dentes são extremamente frágeis e,
pelo formato dos maxilares e conseqüente pequeno tamanho das raízes dos
dentes, caem muito cedo na vida do cão. É comum o desalinhamento e ausência
de alguns incisivos.. Assume-se que a mordedura deve apresentar prognatismo
inferior, desde uma mordedura em tesoura invertida até uma com considerável
prognatismo. A língua e nenhum dente devem permanecer aparentes quando o cão
estiver com a boca fechada. Caso se desconfie de torção de mandíbula (que
pode ser detectada pelo aspecto externo da boca fechada), pode-se abrir a
boca do cão; entretanto, não cheque no posicionamento dos incisivos, mas sim
na distância dos caninos inferior e superior de ambos os lados ( devem estar
a mesma distância em ambos os lados.
RUGA:
A ruga divide a face em duas partes iguais e pode ser inteira ou "partida",
ou seja, pode ser ou não interrompida sobre o focinho. Não há preferência,
mas a ruga nunca deve ser tão grande a ponto de se estender sobre a trufa,
prejudicando a respiração;
PERFIL:
Completamente chato é o ideal. Às vezes o maxilar inferior é tão pronunciado
que o perfil é ligeiramente côncavo (mas nunca convexo). Um perfil que não
atenda a essas características e mostre qualquer projeção de focinho é
ATÍPICO e deve ser penalizado de acordo (encontrado em alguns exemplares
aqui no Brasil).
PESCOÇO:
Bem curto e grosso, o que contribui para a aparência de "caixote" que o cão
deve evidenciar quando visto de lado.
PELAGEM:
A pelagem é dupla, com pêlo grosso e subpêlo. Deve ser mais longa em volta
do pescoço, formando uma juba característica e mais curta no corpo,
contribuindo para o formato de pêra. Os pêlos são mais longos nas orelhas,
atrás das pernas traseiras, formando "culote" característico e na cauda. É
importante levar em conta que são RARÍSSIMAS as fêmeas com pelagem
exuberante e, desde que a pelagem esteja suficientemente longa nas orelhas,
juba, culote e cauda, que os diferencie da pelagem do restante do corpo, a
não exuberância de pelagem não deve ser penalizada.
MOVIMENTAÇÃO:
 Outro ponto freqüentemente mal entendido, acredito, pela ausência de
detalhamento no padrão americano. O padrão inglês e da FCI são, entretanto,
claros: o roll que se espera é um leve roll dianteiro. Não poderia ser
diferente se pensarmos num exemplar bem construído, com a frente larga com
pernas curtas e abauladas e posterior mais estreito com pernas retas e
igualmente curtas. Por vezes, o roll dianteiro é acompanhado de um leve
rebolado do posterior, mas isso de maneira nenhuma constitui uma regra. O
movimento é livre e deve dar a impressão de fluidez.
CORES:
("...E, quanto a sua cor, deixe-a ser como a de um leão - um sable dourado,
para ser carregado na manga de um robe amarelo, ou da cor de um urso
vermelho, ou um urso preto e branco, ou listrado como um dragão... de forma
a que haja cães apropriados para cada vestimenta Imperial...")

Todas as cores e combinações de cores são permitidas e devem ser julgadas
igualmente. Como o padrão exige a trufa preta, as exceções são os exemplares
fígado e albino.
TAMANHO:
O ideal é que o peso NÃO EXCEDA os 5 kg para machos e 5.5 kg para fêmeas (ou
seja, não se espera cães de 5 kgs, mas ATÉ 5 kgs). A exuberância da pelagem
normalmente faz o cão parecer bem maior do que é. Há classes especiais para
os exemplares com menos de 3,200 kg nos EUA e especializadas só para
exemplares abaixo deste peso na Inglaterra. Na Europa, também este
procedimento é freqüente. Qualquer tamanho dentro do padrão é possível e
deve ser julgado em igualdade. Para a FCI não há desqualificação para
tamanho, e nos EUA os cães são desqualificados apenas se acima de 7 kg.
Após o julgamento do cão, ainda na mesa, deve-se levantar  o animal
ligeiramente, de forma a sentir-lhe o peso. O Pequinês deve ser
surpreendentemente pesado para o seu tamanho.
TEMPERAMENTO:
("...deixe-o ser vivaz de forma a proporcionar divertimento com suas
brincadeiras, deixe-o ser tímido de forma a não se envolver em perigo,
deixe-o ser doméstico em seus hábitos para que viva em amizade com as outras
feras, peixes ou aves que encontram proteção no Palácio Imperial...")

É importante notar o temperamento muito característico da raça. Erroneamente
as pessoas tem a impressão de ser o pequinês um cão agressivo, provavelmente
por experiência com cães já deteriorados das características reais da raça.
Em nossa experiência, nenhum de nossos pequineses apresenta nenhuma
agressividade, nem entre si, nem com pessoas. A experiência de outros
criadores no mundo todo corrobora a nossa. Um exemplar agressivo é atípico.
O pequinês é um cão extremamente alegre e brincalhão. Ao mesmo tempo é
extremamente teimoso e senhor de si, características que aparecem muitas
vezes inclusive em pista. Séculos de convivência íntima com o Homem lhe
proporcionaram uma personalidade única e fascinante, cheia de
idiossincrasias e humanidade. É um cão imperial, independente, absoluto
senhor de si com apenas leves resquícios de características lupinas, ainda
tão presentes em outras raças.
PEQUINESES NOS EUA X PEQUINESES NA EUROPA:
De fato, não há  nenhuma diferença entre os exemplares vistos na Europa ou
nos EUA. A explicação é que o maior pólo de criação ainda é a Inglaterra e
exemplares importados desta são atualmente a base de criação em todo o
mundo, inclusive  nos EUA. A forma de apresentação dos exemplares, estado da
pelagem, etc., também é muito semelhante nos dois lados do Atlântico, o que
nos permite uma apreciação bastante homogênea da raça em todo o mundo.
Atualmente há uma tendência mundial a um maior tamanho da raça, o que
desvirtua sua origem e função, e, no nosso entender, deve ser revertida.

texto de:_Alexandre Baptista, AleFer Kennels

O Sapense
Nasceu ás 20h48m  -   Março de 2006  -  dia 6 (é segunda feira)


 

 

  

 

publicado por pfmc às 22:27
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De Sergioo-carvalho@sapo.pt a 26 de Outubro de 2006 às 04:49
olá a todos, descobri este blog fabuloso que fala da raça mais linda do mundo.tenho um peke preto girissimo.
gostaria de saber se vendem pekes e se sim qual é o preço.
um abraço e um bem haja para todos os intervenientes deste blog
Parabéns


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